quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Asas

"É fácil estar sentado observando o que é difícil é levantar-se e agir."
É errado querer que aqueles que gostamos ganhem asas e voem por si mesmos?

domingo, 4 de novembro de 2007

Final feliz

Por vezes fico com a sensação que a ficção é demasiado "cor-de-rosa": os "bons" sobrevivem, os "maus" são castigados, as doenças desaparecem, os pares românticos ficam juntos no final... E frequentemente isso irrita-me, porque penso que valia mais retratar a vida como ela é, sem ilusões de realidades perfeitas, por mais cruel que às vezes ela possa ser. Incomoda-me mesmo aquele "país das maravilhas" criado na mente de guionistas e realizadores....
Contudo, e são estas as incoerências da alma humana, quando por ventura estou embrenhada numa história e o desfecho é diferente do esperado, rompe com os padrões habituais, dou por mim triste e frustrada por não poder interferir e recriá-la como tinha já idealizado.
Isto é, quando a situação não me envolve gosto de ser surpreendida, de inovação e reviravoltas de 180º no enredo. Agora se é uma daquelas histórias que me emociona, que mexe com os sentimentos mais profundos, que é de tal forma palpável que apetece saltar para o outro lado do ecrã, aí desejo intensamente um final feliz, mesmo que já saiba por antecipação que não vai existir.
Secalhar a maior qualidade da ficção é mesmo essa, ser irreal, mágica, fazer-nos sonhar com finais felizes que muitas vezes a vida real não nos dá. E estamos tão presos naquele cenário que quase exigimos que assim seja. Tem que ser. Todos temos o direito de sonhar. De sorrir nem que seja através do rosto daquele actor. De amar ainda que vestindo a pele de determinada actriz. De no fundo ser feliz, mesmo que pela observação de uma felicidade alheia, ficcional, e que quando desligamos a TV desaparece.
Por tudo isto queria muito que este final tivesse sido outro. :(