terça-feira, 10 de junho de 2008

Esta notícia é bem capaz de hoje abrir os telejornais.
Eu considero esta greve mais que justificada, é uma iniciativa que deve ser enaltecida, já que o povo sai em rua em protesto e em defesa daquilo em que acredita.
Mas os contornos em que esta acção está a decorrer são no mínimo reprováveis.
A greve é um direito de todos. É igualmente um direito de todos não fazer greve. Numa democracia é o que se espera.
A polícia pode multar-me se não fizer pisca numa ultrapassagem mas, quando grupos de tipos assentam arraiais nas estradas portuguesas e desatam a querer controlar o trânsito, limita-se a assistir serenamente, só intervindo quando acontecem acidentes destes, perfeitamente evitáveis.
Uma morte estúpida, pura e simplesmente. Diz-se que se aprende com os erros. Estes senhores depois do que se passou hoje dizem que "Este era o protesto mais pacífico que aqui estava. Mais agora vai ser mais grave. Agora não passa ninguém." Está visto que este ditado foge à verdade.
Faço minhas as palavras do comentário de João Esteves Salgueiro que acompanha a notícia "Era de prever, quando os grevistas fazem de polícias e os polícias não os colocam no devido lugar, a ordem fica a cargo da turba e a liberdade de fazer ou não fazer greve é determinada pela lei da rua e a greve é imposta pelo mais forte."


É nestas ocasiões que fica nítida a distância que nos separa de países civilizados...

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