quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A vida nunca corre como a gente quer. Os dias desfilam iguais numa sequência viciada.
Frases repetem-se. Gestos perpetuam-se.
A rotina silenciosa de uma existência inconformada.
A ânsia de mudar existe, porém falta-lhe a coragem que a transforme em acções.
Há vontade, há desejo, há necessidade, mas todos são prisioneiros de um exército de medos.
E o desalento que persiste...
A solidão que gostaria de vestir-se de afecto. As palavras que se tornariam mais seguras se tivessem um eco. O olhar que se perde na paisagem por não encontrar outros olhos onde descansar...
E a saudade.
Uma saudade diferente.
Saudade de algo que nunca se teve.
Saudade do futuro que podia ser.
Saudade do que não se viveu.

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