"A felicidade só é verdadeira quando partilhada."
É frequente revoltarmo-nos com a sociedade, por não nos identificarmos com os valores que a movem (dinheiro, poder, hipocrisia...), queremos fugir ou pelo menos esconder-nos, isolarmo-nos na nossa casca, tapando os ouvidos aos ruídos que o exterior nos lança e viver à nossa maneira, segundo as regras da nossa vontade.
Porém, tal não é possível, mais concretamente viavél, agindo deste modo não se consegue ter uma sobrevivência equilibrada e saudável. Vão-se abrindo fendas na consistência humana até que culminam na ruptura total.
"Nenhum homem é uma ilha."
Por mais que os outros nos desiludam, nos mintam, nos magoem, não podemos pura e simplesmente virar as costas e partir. Necessitamos de viver em sociedade, de interagir, de contacto humano, de afectividade... De ter alguém que nos oiça, a quem possamos dizer "estou triste", "estou feliz". Não é verdade que quando nos acontece algo bom corremos a contá-lo a alguém? Esse gesto faz parte de nós. A felicidade não foi feita para ser vivida a solo, ser feliz nunca poderá ser um acto egocêntrico.
Esta civilização não é a ideal mas é a que temos e na qual necessitamos de aprender a viver. Há momentos que requerem um afastamento e tem que ser feito, mas no final tornamos a voltar-nos para o outro.
O selvagem em nós será aquele carisma individual que nos diferencia a cada um, e que não desaparece por vivermos em sociedade.
Um comentário:
concordo com tudo o que escreveste e o filme é excelente! ;)
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