segunda-feira, 10 de março de 2008

Todos os anos quando são anunciados os vencedores do Festival da Canção, eu penso que aquela foi a última vez que perdi tempo a assistir a uma edição. Mas nunca se cumpre, o esquecimento é fortalecido com o passar dos meses, e quando dou por mim já estou em frente à Tv de novo. No fundo espero ser surpreendida, e isso sou sempre, sobretudo no mau sentido.
Letras fraquinhas, sem ponta por onde se lhe pegue, músicas que são mais do mesmo. Não ficam no ouvido. São lançadas ali e no último acorde morrem. Ninguém mais se lembra que um dia as ouviu. Recordo músicas como a Desfolhada da Simone de Oliveira, o Playback do Carlos Paião, a Tourada de Fernando Tordo e outras tantas, com letras e músicas poderosas, marcaram uma época, ainda hoje são evocadas. Em tempos de ditadura produziram-se canções mais criativas e originais que actualmente. Será que já não existem grandes compositores no nosso país?
Como dizia hoje o Nuno Markl, será preciso que se cante sempre o mar ou louve Portugal? Noutros casos, canta-se a amizade, a paz, o amor... Mas de uma forma tão pirosa e plastificada que é de dar dó.
Será que não é possivel fazer canções despretenciosas e descontraídas, que pelo menos nos divirtam? Sair daquela forma das músicas de festival "à la Celine Dion" e de feições épicas, como se estivessem estivessem a dar a vida pela pátria?

Estas eram as minhas duas favoritas:

Soa intensamente a Maroon 5! Letra muito original e a voz do Ricardo assenta-lhe como uma luva.


Surpresa boa da noite! Divertida, ritmo viciante e enorme irreverência. E o refrão não fica no ouvido? Ando a trautear isto desde ontem.



Esta foi... Bom, oiçam. Arrecadou o segundo lugar. Fazendo uso do nome da canção, deveria ser Obrigatório Ter consciência musical antes de pegar no telefone e votar em alguém.

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