quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ontem correu tudo muito bem. Pensava de antemão que seria um dia decisivo e isso verificou-se. Entre o que imaginamos e a realidade vai uma grande distância. Receava que a minha maneira de ser pudesse não ser compatível com aquele meio, que me sentisse inquieta, desprotegida, assustada... Numa palavra: deslocada.
Defini ontem como a prova dos nove. Ou gostava ou detestava. E isso mostrar-me-ia o próximo passo. Mal desci na estação fiquei surpreendida com a segurança com que avancei para o Metro. A partir desse momento as surpresas foram sucedendo, a cada novo passo ficava mais orgulhosa de mim e ao longo do dia a confiança foi aumentando.
Senti-me leve e livre, ali a avançar por entre desconhecidos num local estranho. Fui eu própria, sem máscaras, sem me preocupar com os outros possam dizer. Por um dia livrei-me da sensação de sufoco que me domina cada vez que saio a rua.
Só confirmei que é mesmo ali que quero estar. Dizia-me a espanhola Ana "Comparada com Barcelona, Lisboa é uma aldeia." Os lugares são aquilo que fazemos deles.

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